Há uma diferença muito grande entre tocar piano e ser pianista. O primeiro vai à escola de música, aprende umas notas, dá-se por satisfeito em extrair alguns sons do nobre instrumento, paga e vai embora. Já o que tem a aspiração de ser um pianista, vai para casa e treina horas a fio. Lê livros sobre o assunto. Participa de eventos. Dá recitais. Envolve-se. Compromete-se. Faz disso sua razão de viver.
Isso é assim com qualquer coisa. Com o Yôga também. Quem apenas pratica Yôga não é forçosamente um yôgin. Só é um yôgin aquele que penetra fundo, de corpo e alma, na filosofia de vida que o Yôga preconiza. Aquele que na sua vida particular segue um programa de envolvimento e identificação total, a tempo integral.
Mas como conseguir isso sem se alienar e sem gerar fanatismo?
As recomendações devem ser adotadas pelo praticante de forma a que não prejudiquem os seus compromissos profissionais ou as relações familiares. Tenha presente que o Yôga significa união no sentido de integração. Integração é o oposto de alienação.
O Yôga não endossa fanatismo. Procure incorporar gradualmente esta filosofia prática no seu dia a dia, de forma a absorvê-la naturalmente sem deixar que surjam arestas que o tornem uma pessoa "esquisita".
Fonte: Tratado de Yôga, DeRose
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